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domingo, 26 de maio de 2013

Arte japonesa no Palácio dos Bandeirantes: quimonos e gravuras

Réplica de quimono usado nas cortes japonesas no período Heian (795-1185)
Ao lado de gravuras japonesas, quimonos luxuosos ganham visibilidade em mostra gratuita no Palácio dos Bandeirantes
O Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo de São Paulo, órgão vinculado à Casa Civil, e o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil apresentam, no Palácio dos Bandeirantes, de 28 de maio a 28 de julho, a exposição “A Arte do Quimono e as Gravuras Japonesas do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios”.
Serão expostos cerca de 30 quimonos que ajudam a contar a história da imigração japonesa no Estado de São Paulo. A exposição marca os 105 anos da imigração japonesa no Brasil - comemorada em 18 de junho, quando o navio Kasato Maru desembarcou a primeira leva de imigrantes no Porto de Santos - e os 35 anos da fundação do Museu da Imigração.
Além disso, o público poderá conhecer 30 gravuras – as ukiyo-e - do século XIX, cuja técnica envolve um processo de impressão sobre papel de palha de arroz, similar à xilogravura, e temática que aborda o teatro kabuki, as mulheres de entretenimento, também conhecidas como figuras bonitas, e os guerreiros Samurais.
Esta importante coleção, que pertence ao Acervo dos Palácios, passou a ser investigada no final de 2012 pela Comissão de Pesquisa do Acervo, explica a curadora do Acervo dos Palácios, Ana Cristina Carvalho, “pois a autoria e a data de produção eram desconhecidas”. O quimono é retratado constantemente, revelando o requinte das técnicas de tessitura, tingimento e tecelagem e o significado que desempenha perante as relações sociais. Segundo a curadora, “a imagem dos quimonos é, portanto, a ponte que integra as duas”.
A partir de uma leitura preliminar a ser aprofundada, a investigação já revelou dois trípticos de figuras bonitas e um díptico do teatro kabuki, além de uma seqüência significativa que resgata a Crônica da Grande Paz (taihei-ki), épico em doze capítulos escrito no século XIV por ocasião da unificação do Japão.
Dezessete estampas são alegorias a histórias de guerreiros samurais contadas em verso e imagens, compondo narrativas, outra categoria temática abordada no ukiyo-e. As cenas variam entre retratos individuais de combatentes armados a cenas de batalha.
A autoria é atribuída a Utagawa Kuniyoshi, proeminente artista do final do período Edo, particularmente conhecido pelas composições de guerreiros. Foram identificadas gravuras similares no British Museum e na Galerie AM Hau Der Kunst.
Quimono de casamento
Uchikake (longo manto) é um manto ricamente colorido e bordado. No período Edo era usado em ocasiões especiais pelas mulheres dos samurais ou de famílias nobres. Hoje é uma parte do traje de noiva tradicional japonês. Por arrastar no chão, o uchikake tem a barra almofadada e os padrões e temas nele utilizados simbolizam prosperidade e fertilidade. Utiliza-se também o nome Irouchikake, que significa colorido longo manto.
Serviço
Local: Palácio dos Bandeirantes - Avenida Morumbi, 4.500 - Portão 2 - São Paulo/SP
Data: 28 de maio a 28 de julho de 2013
Horário: de terça-feira a domingo, das 10h às 17h
Entrada: gratuita e acessível a pessoas com deficiência
Informações: (11) 2193-8282 ou monitoria@sp.gov.br
- Grupos acima de 10 pessoas: agendamento pelo site www.acervo.sp.gov.br

- Todas as visitas são acompanhadas por educadores