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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Brisa do mar e pé na areia: a receita de um arqueiro para a Olimpíada


Arraial do Cabo (RJ) é um dos destinos favoritos de Marcus D’Almeida, uma das apostas do Brasil no tiro com arco. Evento-teste começa nesta terça-feira (15), no Sambódromo, do RioLuciana Vicária

Ele é o caçula da seleção brasileira de tiro com arco. A pouca idade, no entanto, não é sinônimo de inexperiência. Aos 17 anos, o arqueiro Marcus Vinícius D’Almeida acumula grandes feitos na modalidade: foi campeão mundial Júnior em Yankton, nos Estados Unidos; bronze no pan-americano de Toronto, no Canadá; o que lhe rendeu a 8º posição no ranking mundial este ano.

Para este jovem atleta, manter o foco, treinar a mira e exercitar a sensibilidade - o que significa perceber as mínimas diferenças na direção e velocidade dos ventos - são habilidades essenciais para obter um bom resultado no esporte. Talvez por isso Marcus tenha eleito Arraial do Cabo (RJ) como seu destino de férias. Lá ele caminha descalço pelas dunas de areia branca, aprecia a vegetação de restinga, as lagoas e a praia de mar cristalino.

“Arraial tem uma beleza natural deslumbrante, com clima tranquilo de cidade pequena. É ideal para recarregar as energias, apreciar a brisa do mar e sentir o mar calmo”. A cidade também é ideal para a prática de mergulho e atividades de ecoturismo. Suas construções de apenas dois andares em ruas bem sinuosas mantêm características típicas de uma vila de pescadores. Ao contrário de Cabo Frio e Búzios, mais badaladas, a cidade é mais calma.

Infelizmente a rotina de treinos: cinco horas por dia, seis vezes por semana, impede Marcus de viajar o quanto gostaria. Seus deslocamentos estão vinculados à rotina dos campeonatos. Com a delegação de tiro com arco conheceu as capitais Belo Horizonte, Vitória, Brasília e São Paulo. “São sotaques diferentes e paisagens que mostram as várias faces do meu país”, disse. “Meu destino dos sonhos? Lençóis Maranhenses, com aquelas dunas a perder de vista, pontilhadas por lagoas de água doce azuis e verdes, deve ser maravilhoso”, afirmou.

A partir de hoje Marcus terá de botar à prova suas habilidades. Ao lado dele estarão mais 127 competidores de 30 países, todos em busca de uma vaga para a Olimpíada. O palco da competição será o Sambódromo, no Rio de Janeiro.

Representantes de Pacientes e Autoridades em Saúde discutem o combate ao câncer colorretal no Brasil

Audiência pública pretende que um dos tipos de tumor com maior incidência em todo o mundo seja tratado com prioridade

No mês que marca a conscientização do câncer de intestino, com a campanha Setembro Verde, a atenção à doença será tema de uma audiência pública. No próximo dia 17, representantes da classe médica e de pacientes se reunirão em Brasília com políticos e autoridades públicas para discutir ações de prevenção e o tratamento deste que é, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o segundo câncer mais prevalente em mulheres e o terceiro em homens no Brasil.

A alta prevalência da doença é alarmante. Ainda segundo o INCA, o País terá mais de 32,6 mil novos casos este ano. A enfermidade se desenvolve gradativamente em sua fase inicial, sem apresentar qualquer sintoma, por uma alteração nas células que começam a crescer de forma desordenada.

O câncer colorretal é uma das neoplasias malignas mais passíveis de cura, graças aos exames de prevenção e tratamentos existentes. “Estamos batalhando para que o governo priorize e crie uma linha de cuidado e atenção para o câncer colorretal. Hoje, usuários do SUS estão na fila para realizar a colonoscopia e quando descobrem um câncer, muitas vezes já avançado ou com metástases, precisam esperar muito para iniciar o tratamento e nem sempre tem os melhores tratamentos à disposição,” afirma Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia.

Segundo a Dra. Angelita Gama, presidente da Associação Brasileira de Prevenção do Câncer e Intestino (ABRAPRECI), é recomendado que todas as pessoas a partir dos 40 anos realizem anualmente a pesquisa de sangue oculto nas fezes, e a partir dos 50 anos a colonoscopia, procedimento que identifica a existência do pólipo benigno, estrutura precedente ao tumor no intestino.

“Esse tipo de pólipo é de crescimento lento e leva alguns anos para se desenvolver e se transformar em câncer. Em geral, os pacientes com tumor nunca foram submetidos a exames preventivos,” explica a médica. “Os pólipos, quando encontrados, são retirados durante o procedimento da colonoscopia. Lesões mais avançadas são encaminhados para o tratamento, de acordo com o estadiamento do câncer”.

Para Carmen Zanotto, deputada federal, o câncer de colorretal ganha relevância pelo impacto e perfil epidemiológico que apresenta, e deve ser parte das agendas das políticas de Estado. "Nesse sentido e como presidente da Frente Parlamentar de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer propomos a Audiência Pública como uma oportunidade muito importante para expor conceitos, falar sobre a doença, enfatizar a importância da prevenção aos fatores de risco e do diagnóstico precoce,” esclarece a deputada.


Estarão na mesa durante a Audiência:
 
- Dr. Marcello Fanelli – Diretor do Departamento de Oncologia Clínica do A C Camargo – representando a classe médica

- Dra. Angelita Gama da ABRAPRECI – Associação Brasileira de Prevenção ao Câncer de Intestino – representando a Sociedade Civil e Sociedade Brasileira de Coloproctologia

- Sra. Luciana Holtz – Presidente do Instituto Oncoguia – representando a Sociedade Civil