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quinta-feira, 26 de março de 2015

Peritos e familiares de Perus receberão atendimento psicológico

Protocolo que garantirá o serviço será assinado nesta sexta-feira (27) em São Paulo


Brasília, 26/03/15 – Os peritos que trabalham na identificação de restos mortais de pessoas enterradas ilegalmente em Perus receberão atendimento psicológico por intermédio do projeto Clínicas do Testemunho da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, serviço que também poderá ser levado a familiares de possíveis vítimas.

A oferta do atendimento será formalizada às 12h00 desta sexta-feira (27) em cerimônia de assinatura do protocolo de intenções entre a Comissão de Anistia, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo e a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Segundo os termos do protocolo, as Clínicas de Testemunho poderão realizar o atendimento a pessoas cujos familiares podem estar entre as pessoas inumadas ilegalmente em Perus, bem como à equipe de peritos que trabalha na identificação dos corpos.

Participarão da cerimônia o secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy; a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti; o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão; e a presidente da CEMDP, a procuradora da República Eugênia Gonzaga; a reitora da UNIFESP, professora Soraya Soubhi Smaili.

Clínicas – Concebido em 2012, o projeto Clínicas do Testemunho mantém núcleos de apoio e atenção psicológica a pessoas afetadas por violência de Estado entre 1946 e 1988. Os núcleos visam promover ações de atendimento às vítimas; capacitação profissional e geração de insumos de referência para aproveitamento profissional em novas experiências.

O projeto mantém clínicas nas cidades de São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro, onde foram realizados mais de 4.000 atendimentos terapêuticos e ofertado 450 horas de capacitação para profissionais de diversas áreas.

Tal serviço atende à recomendação nº 33 do relatório da Comissão Nacional da Verdade, segundo a qual a “vitimas de graves violações de direitos humanos estão sujeitas a sequelas que demandam atendimento médico e psicossocial contínuo”, e deve ser oferecido pela Administração Pública.

Cemitério clandestino – A vala clandestina do Cemitério Dom Bosco, em Perus, foi aberta em 1990, quando foram descobertas enterradas 1.049 ossadas. Entre esses restos mortais, acredita-se haver desaparecidos políticos da ditadura civil-militar, indigentes e vítimas de grupos de extermínio que atuaram em São Paulo nos anos 1960 e 1970.

Serviço: Assinatura de Protocolo que Garantirá Atendimento Psicológico aos Envolvidos nos Trabalhos de Identificação em Perus

Quando: Sexta-feira, 27 de março, às 12h00.

Onde: Largo Pateo Do Colégio, nº 5, 7º andar, São Paulo, SP.

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