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terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Síndrome do prédio doente: cuidado




Rinite e sinusite são enfermidades distintas, mas que podem ocorrer conjuntamente. A primeira é um processo inflamatório de mucosa nasal, enquanto a segunda é causada pela infecção dos seios paranasais. De comum, é possível dizer, por exemplo, que ambas podem ser uma consequência da Síndrome do prédio doente.





RINITE

Em episódios de rinite, a inflamação pode ocorrer por vírus, bactéria e insetos. Ou por alergias decorrentes, em muitos casos, de inalantes, como poeira, fumaça, perfumes, itens de limpeza ou cloro de piscina; produtos alimentícios, a exemplo de corantes. Certas vezes estão associadas a outras alergias, como a de pele.

Segundo o ex-presidente do Departamento Científico de Otorrinolaringologia da Associação Paulista de Medicina e Secretário Geral da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, Edson Ibrahim Mitre, os principais sintomas, além dos espirros frequentes, são congestão nasal, coriza transparente, na cor de clara de ovo, e olhos vermelhos. Quando alérgica, também se relaciona à coceira no nariz, na garganta e possivelmente nos olhos e ouvidos.

Pessoas que trabalham em ambientes fechados ou passam grande parte do tempo dentro de casa estão mais susceptíveis. É a chamada Síndrome do prédio doente, onde muitos vírus e bactérias são disseminados pelo ar em dutos de ar condicionado e pelo fato das janelas não abrirem.

“Diversos locais têm ar condicionado central, cujos dutos raramente são higienizados, acumulando poeira e insetos, que contribuem para doenças respiratórias”, alerta Mitre.

Crianças e idosos também são mais vulneráveis, nos casos de infecção e inflamação, devido à fragilidade do sistema imunológico.

SINUSITE


A sinusite, sendo em geral infecciosa-bacteriana, não provoca espirros, mas causa secreção amarelada ou esverdeada que persiste durante dias, podendo provocar dor no rosto, ao redor dos olhos e na fronte. Também apresenta tosse, que piora quando deitado.

“Outras rinites, como o resfriado comum, e a sinusite, são todas transmitidas pelo ar, então em épocas de inverno e ambientes com maior concentração de pessoas facilitam a disseminação.

O tratamento varia de acordo com o diagnóstico. Para a sinusite, há, na maioria das vezes, cura com os antibióticos corretos durante o tempo apropriado. No caso da rinite alérgica, não é possível curá-la, mas pode-se evitar e tratar as crises tomando medicamentos e, fundamentalmente, controlando o ambiente, sobretudo em casa ou no trabalho. Consultar-se com o otorrinolaringologista é fundamental para evitar a cronificação dos quadros ou mesmo futuras complicações decorrentes delas.

A incidência das doenças aumenta cada vez mais em âmbito mundial por se relacionarem à poluição do ar e a ambientes fechados. Calcula-se que entre 25% e 35% da população mundial tenha sintomas relacionados à rinite, com quadros persistentes em cerca de 20%. “Em Curitiba, estudo recente evidenciou a prevalência de rinite alérgica em adultos em 47%”, revela Mitre.

Para o caso das alergias, é imprescindível evitar roupas guardadas, tapetes, cortinas e animais de pelúcia, que facilitam o acúmulo de ácaros e poeira. No verão, sempre tomar cuidado com ambientes com ar condicionado para impedir o contágio de vírus e bactérias. Em todas as circunstâncias, o especialista indica, além da inalação, a lavagem nasal com soro fisiológico, por ajudar na eliminação de agentes que desencadeiam os sintomas alérgicos e nasais. 


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