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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Temer defende geração de empregos no Paraná‏





O presidente em exercício Michel Temer participou, nesta terça-feira (28), da inauguração da fábrica de celulose da Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, localizada no município de Ortigueira, no Paraná. Durante entrevista à imprensa, Temer destacou que o novo empreendimento gera, apenas neste primeiro momento, mais de 1.500 postos de trabalho, além de oferecer trabalho a cerca de 40 mil pessoas durante a construção da fábrica, “o que mostra as potencialidades do Brasil”, ressaltou.



O presidente reforçou também a integração entre o Executivo e o Congresso Nacional, conquistada pelo atual governo, possibilitando a aprovação de projetos relevantes para o País. Entre eles está o projeto que solucionou as dívidas dos estados com a União. “Apenas no Paraná, cerca de R$ 500 milhões serão reinvestidos gerando ainda mais empregos”, argumentou citando, ainda, a limitação dos gastos públicos proposta pelo governo, com emenda constitucional já encaminhada ao Congresso.


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terça-feira, 28 de junho de 2016

Ipea faz radiografia do Complexo do Alemão

Embasada em pesquisa de campo, obra trata de políticas públicas, assentamentos precários, PAC, UPPs e outras intervenções governamentais

O Ipea lança a publicação Vida Social e Política nas Favelas na próxima quinta-feira (30), em uma roda de conversa com autores e convidados sobre núcleos de pesquisa, documentação e memória em espaços populares, às 16h, na Avenida Presidente Antonio Carlos, 51, auditório do décimo andar, no Centro do Rio. O evento será gratuito, aberto ao público,mas é necessária a confirmação de presença por meio do e-mail:eventos@ipea.gov.br.

O livro amplia a produção do Ipea já consolidada em diagnósticos e acompanhamento das políticas públicas voltadas para os assentamentos precários e favelas, em uma perspectiva institucional e histórica. A obra originou-se no projeto Políticas Públicas para as Favelas: Passado e Presente e contribui para a compreensão dos arranjos institucionais que viabilizam as ações públicas nas favelas, e dos mecanismos de participação política dos moradores. Este tipo de informação sobre as favelas é produzido, essencialmente, por meio de pesquisas de campo, pois as estatísticas censitárias sobre as favelas sofrem muitas limitações para informar sobre os arranjos institucionais que viabilizam o acesso da população aos bens e aos serviços públicos, bem como sobre como tais arranjos interferem nos resultados das ações estatais.

Coordenado pela técnica de planejamento e pesquisa do Ipea Rute Imanishi, o trabalho é resultado de uma parceria com o Instituto Raízes em Movimento, que tem sede e atuação no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. O livro tem como matéria-prima um conjunto de pesquisas de campo realizadas por pesquisadores e professores universitários de diversas instituições – além do Ipea, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Federal Fluminense (UFF), o Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Iesp/Uerj), a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Pesquisadores destas instituições participaram dos encontros organizados pelo Instituto Raízes em Movimento de 2011 a 2015. Já a equipe de pesquisa do Ipea chegou em 2010, antes da ocupação policial no Alemão. “Utilizo os resultados das pesquisas que coordenei no âmbito do Ipea sobre o histórico fundiário e a memória dos moradores da área. Ao longo do texto, procuro identificar os arranjos institucionais que viabilizaram as intervenções do Estado para a urbanização das favelas da região, até a sua definição como um bairro, destacando o papel das associações de moradores”, descreve Imanishi. Segundo ela, o trabalho tem foco no papel das intervenções governamentais no processo histórico de construção das favelas que hoje fazem parte do Complexo do Alemão.

O livro apresenta um conjunto de textos que abordam a atuação do Estado nas favelas do Complexo do Alemão, sempre com um olhar atento sobre a participação dos moradores nos arranjos institucionais que viabilizaram as políticas públicas. “A maior parte dos textos foi redigida em um período marcante da história das favelas do Alemão, que se deu a partir das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Tais eventos trouxeram esperanças e também frustrações”, informa Imanishi.

A pesquisa aborda ainda saúde pública, injustiça ambiental, educação, cultura e políticas voltadas à juventude envolvida no tráfico de drogas.

Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - www.ipea.gov.br

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Brasil se prepara para exportar melão e outras frutas para o Japão

Ministério da Agricultura deverá entregar plano de trabalho ao governo japonês até novembro

Brasília (24/6/2016) - O Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas (MAFF) do Japão atualizou a norma que possibilitará ao Brasil exportar melão, caqui, frutas cítricas e novas variedades de manga para aquele país. O adido agrícola no Japão, Marcelo Mota, recebeu carta das autoridades fitossanitárias nipônicas informando sobre a necessidade de se apresentar o plano de trabalho sobre os procedimentos oficiais e de responsabilidade dos exportadores. O documento deve ter informações sobre o controle de pragas, incluindo a gestão de risco para algumas espécies de mosca-das-frutas.

Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o plano de trabalho deverá ser enviado ao Japão o mais breve possível para que em novembro – quando a norma entra em vigor – as garantias fitossanitárias estejam acordadas e os produtores brasileiros possam exportar as frutas.

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa está coordenando as ações do plano de trabalho. “A aceitação das frutas brasileiras no Japão mostra a solidez do nosso sistema sanidade e certificação”, diz o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel.

O secretário substituto da SRI, Odilson Silva, comenta que o mercado japonês busca produtos de ótima qualidade e é altamente rentável para quem vende para lá. No ano passado, o Japão importou 25 mil toneladas de melão, o que equivale a cerca de US$ 27 milhões.

Em 2015, o melão foi a fruta brasileira mais exportada em volume (223 mil toneladas) e a segunda em valores (US$ 154,2 milhões). O produto foi vendido a vários países, como Reino Unido, Espanha, Itália, Irlanda, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Canadá, Argentina, Dinamarca, Chile, Rússia, França, Bélgica e Alemanha.

domingo, 19 de junho de 2016

SP avança para se tornar produtor nacional da vacina contra o HPV

Instituto Butantan, do governo estadual, passa a atestar a qualidade do imunobiológico, hoje importado, e rotular as embalagens no Brasil, em processo de transferência de tecnologia



O Instituto Butantan, um dos maiores centros de pesquisas biomédicas do mundo e um dos principais produtores públicos de soros e vacinas da América Latina, ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, avança para tornar o Brasil autossuficiente na produção da vacina contra o vírus HPV, que previne o câncer de colo de útero.

Na segunda etapa do processo de transferência de tecnologia da vacina, hoje importada, o Butantan passará agora a testar a qualidade e embalar o produto no Brasil, com rotulagem própria do Instituto, antes de disponibilizar a vacina para rede pública de saúde.

A transferência de tecnologia é fruto de uma parceria entre o instituto paulista, o Ministério e a MSD, (subsidiária da Merck & Co., Inc. no Brasil. A vacina quadrivalente do HPV (vírus 6, 11, 16 e 18) é hoje oferecida para meninas de entre 9 e 13 anos e meninas e mulheres de 9 a 26 anos que vivem com HIV gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2014.

O passo-a-passo da transferência de tecnologia consiste na absorção do método produtivo do fim para o início do processo. Seguindo esse procedimento, desde 2014, o Butantan importava os lotes da MSD para distribuição ao Ministério da Saúde, sem manipulação do produto. Ao longo desse período, o Butantan realizou uma série de procedimentos, entre os quais o registro do produto na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os treinamentos das equipes de controle de qualidade e embalagem.

“Os processos até agora concluídos possibilitaram a entrada de novas tecnologias para controle de qualidade, desenvolvimento de novos métodos analíticos e de distribuição, através dos quais o Butantan passou a ter maior controle da logística da cadeia fria do produto. Estamos orgulhosos com a evolução do processo de transferência de tecnologia até aqui”, explica o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil.

A próxima etapa requer o treinamento dos profissionais do Instituto para o processo de formulação da vacina (mistura dos componentes monovalentes presentes no imunizante) e envasamento pelo Butantan. Posteriormente, o instituto avança para a última fase, quando passa a realizar a produção integral do produto – de ponta a ponta – etapa para a qual já há projeto de fábrica capaz de produzir até seis milhões de doses.

O acordo estabelecido entre o Butantan e a MSD foi firmado com base no programa de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Ministério da Saúde e permitiu a inclusão da vacina HPV (6, 11, 16 e 18) no Programa Nacional de Imunizações. Com a parceria, o Butantan consegue fornecer a vacina para o Ministério da Saúde com custo significativamente inferior ao praticado na rede privada. Ao final do processo de incorporação tecnológica, o Instituto também poderá atender aos países apoiados pelo Gavi, the Vaccine Alliance (Aliança Global para Vacinas e Imunização).

“São Paulo dá um passo importante para se tornar produtor nacional de uma vacina capaz de prevenir e salvar vidas, uma vez que o câncer do colo de útero é a quarta maior causa de mortes por câncer entre mulheres no país”, diz David Uip, secretário de Estado da Saúde de São Paulo.



Eficácia da vacinação

A vacina quadrivalente tem eficácia estimada em 98,8% contra quatro tipos de HPV (vírus 6, 11, 16 e 18), doença de alto contágio transmitida pelo contato com a pele ou mucosa infectada, principalmente por relações sexuais. Os tipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero, 60% dos cânceres vaginais, 50% dos cânceres vulvares e aproximadamente 90% dos cânceres anais, enquanto os tipos 6 e 11 estão atrelados a 90% dos casos de verrugas genitais.

A vacinação é recomendada pela Organização Mundial da Saúde como principal prevenção ao HPV entre meninas de entre 9 a 13 anos. O imunizante é seguro e não há comprovação de qualquer reação grave associada à vacinação, cujo esquema é realizado em duas doses (hoje e daqui a 6 meses) para a faixa etária de 9 a 13 anos e para meninas e mulheres de 9 a 26 anos vivendo com HIV em três doses (hoje, em 2 meses e em 6 meses).