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quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

As relações entre a congestão nasal e o ronco

Dr. Gleison Guimarães

Segundo Gleison Guimarães, médico especialista em Pneumologia, o quadro pode prejudicar o sono dos parceiros e causar estresse interpessoal


A congestão nasal é um quadro que pode surgir em decorrência das mais diversas situações, como gripe, resfriado e rinite. Pode, também, ser causada por mudanças climáticas ou na temperatura do ambiente. Além disso, as pessoas que estão com o nariz entupido contam com uma maior tendência de roncar ao dormir.

De acordo com Gleison Guimarães, médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a congestão nasal é um problema comum que acomete uma parcela significativa da população. “Geralmente, é desencadeada por alguma inflamação, irritação ou infecção que afeta o tecido nasal. Estudos apontam que a frequência de congestão nasal noturna é independentemente associada à frequência de ronco, o que pode ser ocasionado por resultados adversos à saúde, incluindo hipertensão arterial, doenças cardíacas, sonolência diurna e, até mesmo, acidentes”, relata.

Por outro lado, a congestão nasal noturna grave crônica é um forte fator de risco para o ronco com ou sem apneia obstrutiva do sono. “Uma pesquisa realizada pela Escola de Medicina da Universidade do Wisconsin coletou informações durante aproximadamente cinco anos sobre a congestão nasal noturna e frequência do ronco. Análises prospectivas mostraram que pessoas com esse quadro apresentavam um alto risco de ronco habitual, prejudicando o sono dos parceiros de cama e causando estresse interpessoal”, pontua o especialista.

O ronco é uma condição frequente que afeta quase 40% dos adultos. “É mais comum entre os idosos e aqueles que estão acima do peso. Quando grave, pode causar despertares frequentes à noite e sonolência diurna. O quadro é causado por um bloqueio parcial da passagem das vias aéreas do nariz e da boca para os pulmões, fazendo com que os tecidos dessas passagens vibrem, levando ao ruído produzido quando alguém ronca. A chave para a resolução é a desobstrução das vias aéreas”, revela Dr. Gleison.

O ronco secundário, muito associado aos distúrbios respiratórios do sono (DRS), é uma síndrome de resistência das vias aéreas superiores (UARS) relacionada a apneia obstrutiva do sono (AOS) leve, moderada e grave. Estudos de base populacional mostram que 9% a 38% dos adultos com mais de 18 anos têm AOS, sendo 13% a 33% em homens e 6% a 19% em mulheres. Com pessoas acima dos 65 anos de idade, esses números aumentam para 90% em homens e 78% em mulheres. Múltiplas doenças crônicas e sistêmicas estão associadas aos DRS.

Os principais distúrbios respiratórios do sono (SDB) são:Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) - É o tipo mais comum. Na maioria das vezes, o ar não chega aos pulmões por causa de alguma obstrução nas vias aéreas superiores.

Apneia Central do Sono (ACS) - Associado a insuficiência cardíaca, doenças ou lesões relacionadas ao cérebro, como Acidente Vascular Cerebral (AVC), tumor cerebral, meningite ou encefalite. Em alguns casos, as vias respiratórias superiores estão abertas, mas o ar não chega aos pulmões devido à falta de comunicação entre o cérebro e o corpo. Apneia Mista do Sono - Quando o paciente apresenta obstrução das vias respiratórias superiores (apneia obstrutiva) e, simultaneamente, não há esforço respiratório (apneia central). Ronco - Ruído que se manifesta ao dormir com a musculatura da boca, nariz e garganta relaxadas. Suas principais causas são a flacidez nos músculos destas áreas, desvio de septo, pólipos no nariz, rinite, sinusite, obstruções nasais e envelhecimento. Síndrome da Resistência das Vias Aéreas Superiores - Quando ocorre um contínuo aumento na resistência ao fluxo para a passagem do ar pelas vias aéreas superiores, levando a muitos despertares breves e sonolência diurna excessiva.

O médico acredita que o hábito do tabagismo também é um ponto prejudicial para quem quer evitar os problemas com o ronco. “O cigarro exerce efeitos deletérios nas vias aéreas superiores e inferiores e seu uso crônico pode induzir ao ronco, aumentando a resistência das vias aéreas superiores. De fato, a correlação entre o tabaco e o ronco é atribuída às mudanças na clearence mucociliar e inflamação da faringe e do palato mole. Assim, é possível afirmar que essa inflamação induzida pelo cigarro pode causar a obstrução da via aérea superior e outros distúrbios do sono”, declara.

Estudos apontam que fumantes têm uma probabilidade duas vezes maior de sofrer apneia obstrutiva. Além disso, a nicotina atrapalha a liberação da melatonina, hormônio fundamental para o sono, favorecendo a adrenalina, que é estimulante. “O resultado é um sono superficial e fragmentado”, lamenta.

Além do tabagismo, outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento de distúrbios respiratórios do sono. “Alguns deles são o período pós-menopausa, o envelhecimento e o uso de álcool e sedativos. Existem antecedentes familiares de apneia do sono em 25 a 40% dos casos, refletindo, talvez, fatores hereditários. Doenças que ocorrem mais comumente em pacientes com apneia obstrutiva do sono incluem hipertensão arterial, doença do refluxo gastroesofágico, dislipidemia, insuficiência cardíaca e outras arritmias”, finaliza Dr. Gleison.

Sobre Gleison Guimarães


É médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), especialista em Medicina do Sono pela Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e também em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Possui certificado de atuação em Medicina do Sono pela SBPT/AMB/CFM, Mestre em Clínica Médica/Pneumologia pela UFRJ, membro da American Academy of Sleep Medicine (AASM) e da European Respiratory Society (ERS). É também diretor do Instituto do Sono de Macaé (SONNO) e da Clinicar – Clínicas e Vacinas, membro efetivo do Departamento de Sono da SBPT. Atuou como coordenador de Políticas Públicas sobre Drogas no município de Macaé (2013) e pela Fundação Educacional de Macaé (Funemac), gestora da Cidade Universitária (FeMASS, UFF, UFRJ e UERJ) até 2016. Professor assistente de Pneumologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Campus Macaé.

Para mais informações, acesse https://drgleisonguimaraes.com.br/ ou pelo Instagram @dr.gleisonguimaraes e no Twitter @drgleisonpneumo.


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terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Receita de Bacalhau da Sorte para começar 2023

Chef Olivardo Saqui ensina o preparo do prato com lentilha, ingrediente indispensável para a ceia de Ano Novo



Com a chegada do novo ano e para quem acredita que a sorte pode chegar pela boca, o chef Olivardo Saqui, proprietário da Quinta do Olivardo, tradicional restaurante de gastronomia portuguesa, com casas no interior de São Paulo, em São Roque, e na capital paulista, no bairro do Brooklin, ensina receita de prato com bacalhau, que une a sua famosa experiência com a culinária lusitana, e a lentilha, ingrediente que segundo a tradição, atrai fartura.

O Bacalhau da Sorte promete surpreender seus convidados nesta data especial. Confira a receita:



Ingredientes:

4 postas de bacalhau individual
Azeite à gosto
Folhas de louro à gosto
Ramos de tomilho à gosto
150g de bacon cortado em cubinhos
150g cebola picada em cubinhos
100g cenoura em cubinhos
100g de Aipo ou salsão picado
4 dentes de alho picados
1 Pimenta dedo de moça picada
200g de lentilha
200g molho de tomate
150ml vinho branco seco
1L caldo de galinha
Sal à gosto
Pimenta do reino à gosto
2 colheres de sopa de manteiga
4 dentes de alho fatiado
1 cebola picada
100g castanhas portuguesas
100g figos secos fatiados
100g damasco fatiado
100g uvas passas
150g farinha panko
Salsinha picada à gosto

Modo de preparo:

Em uma assadeira acomode as postas de bacalhau, regue com azeite, coloque alho, folhas de louro e ramos de tomilho. Leve ao forno à 160°C por 20min.

Em uma panela regue um fio de azeite e doure o bacon, em seguida acrescente alho, cebola, cenoura, aipo, lentilha, pimenta e as folhas de louro, refogue mais um pouco. Adicione o vinho, molho de tomate, sal e o caldo de galinha aos poucos até cozinhar bem a lentilha, cerca de 20min.

Em uma frigideira doure a manteiga, adicione o alho e a cebola, em seguida a castanha portuguesa, o figo, damasco, uvas passas e refogue mais um pouco. Acrescente a farinha, tempere com sal e pimenta do reino, finalize com salsinha picada.

Sirva o bacalhau na cama de lentilha coberto com a farofa.

Rendimento: 4 porções

Tempo de preparo: 45 minutos

Serviço

Quinta do Olivardo – São Roque
Segunda a Domingo - das 10h às 17h
Encomendas WhatsApp (11) 97088-5401
Estrada do Vinho, km 4 – São Roque, SP
Instagram: @quintadoolivardo

Tasca do Brooklin – São Paulo
Segunda a Domingo – das 11h às 16h
Telefones: (11) 94223-0195 / 5505-7305 / 99110-1777
Rua Arizona, 1.485, Brooklin – São Paulo – SP
Instagram: @tascabrooklina

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