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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Palestra sobre Gastroenterologia na APM aborda a prevenção do câncer de cólon

Evento é aberto ao público leigo. Divulgará a importância da prevenção e diagnóstico precoce deste tipo de câncer

O Departamento de Gastroenterologia da Associação Paulista de Medicina (APM) realiza o V módulo do curso da especialidade, em 16 de outubro de 2010, abordando métodos de prevenção do câncer de cólon, também chamado de colorretal (CCR).

O objetivo é divulgar a importância da prevenção e diagnóstico precoce deste tipo de câncer à população leiga e estudantes de medicina. Conforme a dra. Angelita Habr-Gama, professora-titular de cirurgia da FMUSP e coordenadora do curso, o câncer de cólon pode ser identificado e ressecado durante um exame, a colonoscopia.

“Muito frequente em todo o mundo, particularmente nos países economicamente mais desenvolvidos, o câncer colorretal tem um prognóstico muito bom quando tratado precocemente, podendo-se obter índices de sobrevida superiores a 90%”, informa dra. Angelita.

Serão abordados os métodos da prevenção primária, secundária e terciária, com apresentação de medidas que podem reduzir a incidência e os índices de mortalidade na população geral; também serão enfatizados os processos de rastreamento.

“Entende-se por método de rastreamento a identificação de câncer em uma população assintomática, mas que tem maior risco de desenvolvê-lo. Tais processos incluem a pesquisa de sangue oculto nas fezes, a colonoscopia (convencional ou virtual) e os métodos genéticos, dentre os quais a pesquisa de DNA em fezes”, explica.

Ao final da aula, será aberto um espaço para perguntas. Os valores do curso podem ser vistos no site www.apm.org.br. Mais informações pelos telefones (11) 3188-4252/4334.

O câncer de cólon

A incidência prevista para 2010 do câncer colorretal na população brasileira, de acordo com os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), é de 13..310 casos para o sexo masculino e de 14.800 casos para o sexo feminino. A distribuição da frequência nos diferentes estados é variada, sendo maior na região sudeste do que no norte ou nordeste.

Além dos fatores genéticos, fatores ambientais também podem influenciar no desenvolvimento desta neoplasia. A dieta moderna contendo muita gordura animal, açúcar refinado, sal, corantes e aditivos tem sido reconhecida como causa importante do aumento crescente deste tipo de câncer. Vida sedentária, álcool, fumo, estresse e obesidade são também implicados em sua gênese.

Curso de Gastroenterologia – Módulo V: Prevenção do Câncer de Cólon

Data: 16 de outubro de 2010
Horário: das 9h às 13h
Local: APM
Endereço: Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278 – São Paulo – SP
Informações e inscrições: (11) 3188-4252/4334 | www.apm.org.br
E-mail: eventos@apm.org.br

18 de outubro, Dia do Médico

Pesquisa Datafolha inédita mostra desconhecimento de especialista para doenças respiratórias; um risco à saúde e a vida dos cidadãos

Estudo Saúde Respiratória e do Pulmão, encomendado ao Datafolha pela SBPT, revela que a população tem muitas dúvidas na hora de procurar um médico diante de doenças respiratórias importantes, como de asma, pneumonia, gripe, tuberculose e mesmo câncer de pulmão

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), preocupada com a falta de informação da população em relação à saúde respiratória, encomendou junto ao Instituto Datafolha, pesquisa inédita no país. Denominado Saúde Respiratória e do Pulmão, o estudo comprova o desconhecimento sobre os principais males que atingem a saúde respiratória; e também quanto aos médicos que devem ser procurados em caso de asma, pneumonia, gripe, tuberculose e até mesmo câncer de pulmão.

Esta realidade coloca os médicos pneumologistas em estado de alerta, pois o atraso em diagnósticos e tratamentos destes males pode evoluir rapidamente para quadros bem mais graves, levando inclusive à morte.

O pneumologista é médico especialista em saúde respiratória. Doenças que afetam todo o sistema respiratório, que vai do nariz aos pulmões, são de sua alçada e devem ser encaminhadas para sua avaliação. As doenças que mais frequentemente atingem as vias respiratórias são asma, rinite, tuberculose, gripe e resfriado, câncer de pulmão, pneumonia, além de outras menos conhecidas, como a fibrose cística, DPOC ou hipertensão pulmonar”, explica a dra. Jussara Fiterman, presidente da SBPT.

Para ter uma ideia, o desconhecimento existe inclusive em casos de doenças graves, como o câncer de pulmão. Nada menos que 49% dos entrevistados que conhecem o mal não sabem qual especialista procurar em caso de suspeita. Dos demais, 23% iriam a um clínico geral, 14% ao pneumologista, 11% ao oncologista, 1% ao infectologista. Ainda, 1% referiu procurar um ‘médico de pulmão’, e outro 1% iria a um ‘especialista em câncer.

Também quase metade dos entrevistados que conhece a asma não sabe o médico especialista nesta área (49%). E a doença, crônica, atinge até 10% da população brasileira e causa cerca de 3.000 óbitos notificados por ano. O pneumologista não apenas deve ser consultado, mas é o médico indicado para fazer o acompanhamento destes pacientes. Como a asma não tem cura, os pacientes precisam deste tratamento, realizado de maneira preventiva e prolongada, para usufruir de excelente qualidade de vida e não serem pegos de surpresa com crises e necessidade de hospitalização.

Ainda falando em asma, 28% iriam a um clínico geral, 16% ao pneumologista, 4% ao alergista e 2% otorrinolaringologista. Também foram citados infectologista (1%), oncologista (1%) e especialista, médico de pulmão (1%).

O pneumologista foi o médico mais lembrado apenas no caso de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Dos 535 entrevistados que afirmaram conhecer a doença, 29% procurariam este especialista caso fossem portadores da doença. Em seguida, foram listados clínico geral (21%), médico de pulmão (2%), infectologista (1%), Otorrinolaringologista (1%) e oncologista (1%). Mas 45% não souberam responder.

O índice de respostas ‘não sabe’ foi na maioria das vezes superior à citação de qualquer especialista. Dos entrevistados que afirmaram conhecer cada uma das patologias em pergunta prévia, 40% não faziam ideia de qual médico procurar em caso de pneumonia e 47% para a bronquite. No caso da tuberculose, que faz 85 mil novos casos por ano no país e 6 mil mortes, este número sobe para 48%.
A gripe e resfriado foram as doenças com menor índice de dúvida quanto ao médico a ser procurado. Ainda assim, 29%, ou aproximadamente um terço, não souberam dizer a qual recorreriam. Dos 2213 entrevistados que afirmaram conhecer as doenças, 59% recorreriam a um clínico geral, 5% ao pneumologista, 1% ao infectologista, 1% ao alergista e 1% otorrinolaringologista. Ainda houve 3% que não procurariam nenhum médico no caso destas doenças.

As idas ao pneumologista

O estudo Saúde Respiratória e do Pulmão também constatou que dos 2242 entrevistados, todos eles com 16 anos de idade ou mais, somente 16% já passaram por consulta com um médico pneumologista. Os principais motivos foram dor no pulmão/peito, tosse persistente, falta de ar, diagnóstico de pneumonia, febre e crise de asma. Alguns também relataram ter recebido a indicação de médico de outra especialidade ou que a consulta fazia parte de check up anual ou exame periódico do trabalho. A procura por um pneumologista é mais expressiva entre a população com 60 anos ou mais, entre os pertencentes às classes A e B, e entre os com nível escolar superior.

A pesquisa

Com o objetivo de levantar junto à população brasileira mais informações sobre o seu conhecimento acerca da saúde respiratória e dos males que a atingem, foram entrevistados 2242 brasileiros com 16 anos ou mais, pertencentes a todas as classes econômicas, em uma pesquisa quantitativa, com abordagem pessoal, em pontos de fluxo populacional.

As entrevistas foram realizadas mediante aplicação de questionário estruturado, com cerca de 20 minutos de duração, distribuídas em 143 municípios, com margem de erro máxima de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
O desenho amostral foi elaborado com base em informações do Censo 2000/ estimativa 2009 (Fonte: IBGE), com a estratificação por Unidade Federativa e porte dos municípios, de acordo com os pesos das regiões brasileiras, de forma a representar o universo estudado.

Desta forma, 39% dos entrevistados residem na região Metropolitana e 61% no interior.. A maioria deles possuía entre 16 e 44 anos (67%), tem filhos (62%), possui escolaridade fundamental (47%), pertence à classe C (48%), faz parte da população economicamente ativa (68%), possui renda familiar até R$ 1.020,00 (até 2 salários mínimos, 51%), reside na região Sudeste (43%).
PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS NA PESQUISA
(Não estão necessariamente corretos. Apenas refletem a opinião dos entrevistados)

• Qual o profissional que procuraria em caso de:

Gripe ou resfriado (entre os 2213 entrevistados que afirmaram conhecer as doenças)

59% Clínico geral
5% Pneumologista
1% Infectologista
1% Alergista
1% Otorrinolaringologista
3% Nenhum
29% Não sabe

Asma (entre os 2154 entrevistados que afirmaram conhecer a doença)

28% Clínico geral
16% Pneumologista
1% Infectologista
4% Alergista
2% Otorrino
1% Oncologista
1% Especialista, médico de pulmão
49% Não sabe

Pneumonia (entre os 2147 entrevistados que afirmaram conhecer a doença)

33% Clínico geral
25% Pneumologista
1% Infectologista
1% Especialista, médico de pulmão
1% Otorrinolaringologista
40% Não sabe

Bronquite (entre os 2123 entrevistados que afirmaram conhecer a doença)
30% Clínico geral
17% Pneumologista
2% Alergista
1% Infectologista
1% Especialista, médico de pulmão
1% Otorrinolaringologista
47% Não sabe

Tuberculose (entre os 2108 entrevistados que afirmaram conhecer a doença)
29% Clínico geral
19% Pneumologista
3% Infectologista
1% Especialista, médico de pulmão
1% Otorrinolaringologista
48% Não sabe

Câncer de Pulmão (entre os 2028 entrevistados que afirmaram conhecer a doença)
23% Clínico geral
14% Pneumologista
11% Oncologista
1% Infectologista
1% Especialista, médico de pulmão
1% Especialista em câncer
1% Nenhum
49% Não sabe

DPOC (entre os 535 entrevistados que afirmaram conhecer a doença)
29% Pneumologista
21% Clínico geral
2% Especialista, médico de pulmão
1% Infectologista
1% Otorrinolaringologista
1% Oncologista
1% Nenhum
45% Não sabe

• Alguma vez já passou por consulta com um médico pneumologista?
83% Não
16% Sim

• Por qual motivo consultou um médico pneumologista?
4% Dor no pulmão/peito
4% Tosse persistente
4% Falta de ar
2% Indicação de médico de outra especialidade
1% Estava com pneumonia
1% Check up anual/exame periódico do trabalho
1% Estava com febre
1% Crise de asma

A procura por um pneumologista é mais expressiva entre a população com 60 anos ou mais,entre os pertencente às classes A e B, e entre os com nível escolar superior.

• O que costuma fazer para tratar gripe ou resfriado?
43% Toma medicamentos por conta própria
39% Faz uso de receitas caseiras, tais como chás, sopas, mel ou xaropes caseiros
19% Procura um médico

O uso de receitas caseiras é maior entre os moradores do Nordeste, entre os mais velhos, entre os pertencentes às classes D e E e entre os com escolaridade fundamental. A procura por um médico é mais expressiva entre as mulheres.

• Dos 19% que costumam procurar um médico, nos últimos 12 meses, o fizeram:
10% nenhuma vez
46% uma vez
23% duas vezes
11% três vezes
5% quatro vezes
5% cinco vezes ou mais

A média da procura é maior entre os pertencentes à classe A, e menor na região Nordeste