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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Representantes de Pacientes e Autoridades em Saúde discutem o combate ao câncer colorretal no Brasil

Audiência pública pretende que um dos tipos de tumor com maior incidência em todo o mundo seja tratado com prioridade

No mês que marca a conscientização do câncer de intestino, com a campanha Setembro Verde, a atenção à doença será tema de uma audiência pública. No próximo dia 17, representantes da classe médica e de pacientes se reunirão em Brasília com políticos e autoridades públicas para discutir ações de prevenção e o tratamento deste que é, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o segundo câncer mais prevalente em mulheres e o terceiro em homens no Brasil.

A alta prevalência da doença é alarmante. Ainda segundo o INCA, o País terá mais de 32,6 mil novos casos este ano. A enfermidade se desenvolve gradativamente em sua fase inicial, sem apresentar qualquer sintoma, por uma alteração nas células que começam a crescer de forma desordenada.

O câncer colorretal é uma das neoplasias malignas mais passíveis de cura, graças aos exames de prevenção e tratamentos existentes. “Estamos batalhando para que o governo priorize e crie uma linha de cuidado e atenção para o câncer colorretal. Hoje, usuários do SUS estão na fila para realizar a colonoscopia e quando descobrem um câncer, muitas vezes já avançado ou com metástases, precisam esperar muito para iniciar o tratamento e nem sempre tem os melhores tratamentos à disposição,” afirma Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia.

Segundo a Dra. Angelita Gama, presidente da Associação Brasileira de Prevenção do Câncer e Intestino (ABRAPRECI), é recomendado que todas as pessoas a partir dos 40 anos realizem anualmente a pesquisa de sangue oculto nas fezes, e a partir dos 50 anos a colonoscopia, procedimento que identifica a existência do pólipo benigno, estrutura precedente ao tumor no intestino.

“Esse tipo de pólipo é de crescimento lento e leva alguns anos para se desenvolver e se transformar em câncer. Em geral, os pacientes com tumor nunca foram submetidos a exames preventivos,” explica a médica. “Os pólipos, quando encontrados, são retirados durante o procedimento da colonoscopia. Lesões mais avançadas são encaminhados para o tratamento, de acordo com o estadiamento do câncer”.

Para Carmen Zanotto, deputada federal, o câncer de colorretal ganha relevância pelo impacto e perfil epidemiológico que apresenta, e deve ser parte das agendas das políticas de Estado. "Nesse sentido e como presidente da Frente Parlamentar de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer propomos a Audiência Pública como uma oportunidade muito importante para expor conceitos, falar sobre a doença, enfatizar a importância da prevenção aos fatores de risco e do diagnóstico precoce,” esclarece a deputada.


Estarão na mesa durante a Audiência:
 
- Dr. Marcello Fanelli – Diretor do Departamento de Oncologia Clínica do A C Camargo – representando a classe médica

- Dra. Angelita Gama da ABRAPRECI – Associação Brasileira de Prevenção ao Câncer de Intestino – representando a Sociedade Civil e Sociedade Brasileira de Coloproctologia

- Sra. Luciana Holtz – Presidente do Instituto Oncoguia – representando a Sociedade Civil
 

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