|  | 
| Réplica de quimono usado nas cortes japonesas no período Heian (795-1185) | 
Ao 
lado de gravuras japonesas, quimonos luxuosos ganham visibilidade em mostra 
gratuita no Palácio dos Bandeirantes 
O 
Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo de São Paulo, órgão vinculado 
à Casa Civil, e o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil apresentam, no 
Palácio dos Bandeirantes, de 28 de maio a 28 de julho, a exposição “A Arte do 
Quimono e as Gravuras Japonesas do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios”. 
Serão 
expostos cerca de 30 quimonos que ajudam a contar a história da imigração 
japonesa no Estado de São Paulo. A exposição marca os 105 anos da imigração 
japonesa no Brasil - comemorada em 18 de junho, quando o navio Kasato Maru 
desembarcou a primeira leva de imigrantes no Porto de Santos - e os 35 anos da 
fundação do Museu da Imigração. 
Além 
disso, o público poderá conhecer 30 gravuras – as ukiyo-e - do século XIX, cuja 
técnica envolve um processo de impressão sobre papel de palha de arroz, similar 
à xilogravura, e temática que aborda o teatro kabuki, as mulheres de 
entretenimento, também conhecidas como figuras bonitas, e os guerreiros 
Samurais. 
Esta 
importante coleção, que pertence ao Acervo dos Palácios, passou a ser 
investigada no final de 2012 pela Comissão de Pesquisa do Acervo, explica a 
curadora do Acervo dos Palácios, Ana Cristina Carvalho, “pois a autoria e a data 
de produção eram desconhecidas”. O quimono é retratado constantemente, revelando 
o requinte das técnicas de tessitura, tingimento e tecelagem e o significado que 
desempenha perante as relações sociais. Segundo a curadora, “a imagem dos 
quimonos é, portanto, a ponte que integra as duas”. 
A 
partir de uma leitura preliminar a ser aprofundada, a investigação já revelou 
dois trípticos de figuras bonitas e um díptico do teatro kabuki, além de uma 
seqüência significativa que resgata a Crônica da Grande Paz (taihei-ki), épico 
em doze capítulos escrito no século XIV por ocasião da unificação do Japão. 
Dezessete 
estampas são alegorias a histórias de guerreiros samurais contadas em verso e 
imagens, compondo narrativas, outra categoria temática abordada no ukiyo-e. As 
cenas variam entre retratos individuais de combatentes armados a cenas de 
batalha. 
A 
autoria é atribuída a Utagawa Kuniyoshi, proeminente artista do final do período 
Edo, particularmente conhecido pelas composições de guerreiros. Foram 
identificadas gravuras similares no British Museum e na Galerie AM Hau Der 
Kunst. 
Quimono 
de casamento 
Uchikake 
(longo manto) é um manto ricamente colorido e bordado. No período Edo era usado 
em ocasiões especiais pelas mulheres dos samurais ou de famílias nobres. Hoje é 
uma parte do traje de noiva tradicional japonês. Por arrastar no chão, o 
uchikake tem a barra almofadada e os padrões e temas nele utilizados simbolizam 
prosperidade e fertilidade. Utiliza-se também o nome Irouchikake, que significa 
colorido longo manto. 
Serviço 
Local: 
Palácio dos Bandeirantes - Avenida Morumbi, 4.500 - Portão 2 - São Paulo/SP 
Data: 
28 de maio a 28 de julho de 2013 
Horário: 
de terça-feira a domingo, das 10h às 17h 
Entrada: 
gratuita e acessível a pessoas com deficiência 
Informações: 
(11) 2193-8282 ou monitoria@sp.gov.br 
- 
Grupos acima de 10 pessoas: agendamento pelo site www.acervo.sp.gov.br 
- 
Todas as visitas são acompanhadas por educadores
