Com a proposta de transformar espaços livres da Cidade em cenário de intervenções artísticas, a Secretaria Municipal de Cultura lançou novo edital, focado em artes visuais ao ar livre, com inscrições abertas desde 8 de junho. O objetivo do edital Arte na Cidade é estimular artistas e curadores a promover intervenções criativas no espaço urbano (edificações, parques e praças). A idéia é estimular a percepção da Cidade por seus habitantes, assim como ampliar a noção de espaço público.
O edital foi submetido a curadores representativos na Cidade, que enviaram sugestões para o aperfeiçoamento do texto. Dentre outros, colaboraram Marcelo Araújo, diretor da Pinacoteca do Estado; Agnaldo Farias, um dos curadores da 29ª Bienal de São Paulo; Tadeu Chiarelli, diretor do Museu de Arte Contemporânea; e Teixeira Coelho, curador do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp).
Teixeira Coelho destaca que "a abertura de espaços para a arte realmente pública - aquela que se espalha pela Cidade sem cobrar ingresso, sem hora marcada, sem um contexto formal específico e que colhe seu fruidor de surpresa, muitas vezes - é uma tendência global, cada vez mais forte. Apoiar a arte pública é hoje, além de operação justificada em si mesma, um ato em favor de uma qualidade de vida renovada. O belo, o intrigante, o curioso, o atrevido são dimensões da vida urbana que, numa cidade como São Paulo, foram esquecidas ou raramente cultivadas. Esta iniciativa é o começo do resgate de uma grande dívida da cidade consigo mesma".
O processo seletivo será feito em duas etapas: primeiramente, uma comissão de representantes das secretarias municipais de Cultura, Subprefeituras, Verde, Desenvolvimento Urbano e, dependendo do caso, da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) farão análise da viabilidade do projeto em relação ao local indicado. Em seguida, uma comissão composta de, no mínimo, três profissionais experientes da área de artes visuais examinará e selecionará os projetos, com base no portfólio do candidato.
Entre os critérios de avaliação, estão qualidade artística, contribuição para o aprimoramento da linguagem das artes visuais, amplo acesso público, compatibilidade entre o projeto e o local escolhido para desenvolvimento e coerência entre orçamento e cronograma de execução. Após a aprovação, o projeto selecionado terá até seis meses para inaugurar a intervenção.
Serão aceitos projetos de artistas, coletivos, curadores, brasileiros ou estrangeiros residentes no país. As interações podem ser temporárias (com duração de até seis meses) ou semipermanentes (até dois anos). O investimento total é de R$ 1,2 milhão, com limite de R$ 200 mil por projeto. Os interessados, por intermédio de pessoa jurídica, poderão apresentar projetos com orçamento superior ao valor mencionado, mas devem obter os recursos complementares por meio de outras fontes, governamentais ou privadas (Giovanna Longo).
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