A Secretaria de Controle Urbano, por meio da força-tarefa da Prefeitura, interditou na terça-feira, 22, o Bingo Praça da Árvore, localizado na avenida Bosque da Saúde, 184. O bingo funcionava há meses no local, em prédio ocupado anteriormente por um cinema e uma loja de departamentos. A atividade de bingo é ilegal, portanto não havia autorização para seu funcionamento.
Além da ilegalidade, outras irregularidades foram encontradas, todas que colocam em risco a vida dos freqüentadores do local, tais como: fiações elétricas expostas e em desacordo com as normas técnicas; hidrantes obstruídos; iluminação de emergência insuficiente; acúmulo de materiais inservíveis em contato com a fiação elétrica; portas corta-fogo fechadas com cadeado; saídas de emergência insuficientes e não sinalizadas; e sistema de alarme contra incêndio inoperante.
As irregularidades não param por aí. Com três pavimentos, o imóvel tinha escadas de acesso aos andares superiores obstruídas com materiais diversos; o teto apresentava sinais de visível falta de manutenção, a fiação elétrica estava totalmente exposta com várias "gambiarras" instaladas por todos os lados, materiais como vigas de madeira armazenados de forma inadequada e em local perigoso.
Quando a força-tarefa chegou, havia cerca de 200 pessoas no local, apostando. Todas saíram pacificamente. O imóvel foi lacrado com blocos de concreto pela Subprefeitura Vila Mariana.
De acordo com o secretário de Controle Urbano, o bingo não é uma atividade "inocente". Ele diz que o jogo, além de afetar a vida de algumas pessoas de forma profunda, levando-as à falência muitas vezes e à desagregação familiar, traz também uma série de irregularidades e ilegalidades em seu encalço. "O problema é que esta atividade é ilegal, o que é muito mais grave do que algo meramente irregular. E, para se manter uma ilegalidade funcionando, há de se cometer outras tantas, que podem até vir a ser crime. Então, temos de ficar atentos para que esse tipo de atividade não floresça em nossa cidade à revelia da lei", afirma.
O imóvel permanecerá interditado por tempo indeterminado.
Participaram da ação a Comissão Integrada de Fiscalização (CIF): Contru, Subprefeitura Vila Mariana e a GCM, além das polícias Civil e Militar.
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