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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Cinco mil paulistanos vão à Marcha contra o abuso sexual de crianças e adolescentes

A Secretaria de Participação e Parceria, o Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente e a Secretaria Municipal de Assistência Social aderiram à 2ª Marcha contra o abuso sexual de crianças e adolescentes, evento ocorrido ontem, Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
A organização paulistana da marcha, que reuniu mais de cinco mil pessoas que caminharam da Praça da Sé ao Vale do Anhangabaú, contou com a participação da ONG Makanudos de Javeh e da Operação Blessing Brasil.
Para os organizadores, a marcha cumpriu seu papel de mobilizar a sociedade a combater o abuso sexual contra meninas, meninos e jovens brasileiros.
"Foi um evento que demonstrou como a sociedade, através das suas organizações sociais, se preocupa com o tema. A presença do poder público, através da secretaria e do conselho, enfatiza o nosso compromisso na luta contra este crime que consideramos dos mais hediondos", disse o secretário de Participação e Parceria.
O abuso sexual muitas vezes passa despercebido, pois nem sempre deixa vestígios claros. Podem-se considerar alguns tipos de abuso como a violência psicológica, o abuso que fere a moral, a auto-estima e a personalidade do indivíduo, desconstruindo valores e atacando profundamente o senso de "certo" ou "errado".
"Eu trago a vontade e a determinação da Prefeitura em combater a violência contra as crianças e adolescentes. A pedofilia é um ato repulsivo, que precisa ser eliminado com a colaboração de todos", declarou a vice-prefeita e secretária municipal de Assistência Social, durante o evento.
Dados nacionais apontam que, a cada minuto, quatro crianças sofrem algum tipo de abuso sexual. Grande parte dos casos é cometida por pessoas próximas - na maioria das vezes, familiares - que chegam a confundir o discernimento dessas crianças e adolescentes.
"É uma violência disfarçada, a qual muitas vezes é seguida de ameaças e o uso do 'medo' como parte do processo de persuasão e agressão, atitudes que partem daqueles que deveriam protegê-los, causando danos muitas vezes irreversíveis", afirmou o presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente.
Grande parte das vítimas esconde que foram abusadas por medo, ou mesmo por vergonha. Os vestígios e marcas deixadas nem sempre são visíveis, o que dificulta a identificação do abuso.
A concentração no Vale do Anhangabaú teve também shows e apresentações culturais, que se estenderam pela noite.
As atrações se iniciaram com o grupo "Lata na Favela", de Heliópolis, e houve ainda a participação de diversas ONGs. A festa foi encerrada com o show da Banda Hevo 84.

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